Tales of A801 - Chapter 1

A Armada Infernal vagava pelas colinas do condado de Tribs, aparentemente sem destino formado. 

— Então chegamos... —  a figura que guiava o exército de 270 homens desceu do cavalo, pondo os pés no chão lamacento que era o domínio mais ao leste que a Grã-Rainha Racola tinha sob seu controle — É hora de começarmos a ensinar a esses jovens como podemos ser tão bons quanto eles.

Tirou seu capacete, revelando ser o Grão-Cavaleiro Infernal Marcelo de YXZ, uma família antiga que governava essas terras há muito tempo atrás. Estavam a menos de 2km de distância do Castelo Racoliano.

— Você tem certeza dessa decisão, Senhor? — a Sub-Cavaleira Glen de Port perguntou, hesitante quanto a decisão de invadir novamente. Na última vez, muita coisa ruim tinha acontecido.

— Absoluta — o olhar confiante do líder acalmou as tropas, que estavam tão hesitantes quanto a segunda mestra.

Após vinte minutos planejando qualquer movimento, eles começaram a marchar em direção à grande fortaleza. Infelizmente, toda essa precaução deu tempo dos arqueiros se porem à postos nas muralhas de 90 metros de altura, que era o motivo dessa construção ser reconhecida mundialmente. Arcos Longos eram visíveis agora por cima das muralhas.

— Eles tem Elfos? — Miss Tomoyo ficou observando, intrigada. Essa área era conhecida por ter Anões e Nekos, não Elfos — Acho que isso pode ser um problema — a Cavaleira-Neko levantou seu escudo, começando a correr na frente do resto do exército. A flecha que acertou em cheio o centro do seu escudo foi o suficiente para a fazer reduzir o ritmo de corrida por um bom tempo, até pegar fôlego e voltar a correr.

— Muita coisa que isso muda — Marcelo começou a correr também, guiando todo o exército adiante. Aquela massa de armaduras negras faziam a paisagem ter um ar sinistro que nunca antes foi visto.

Então, Racola apareceu acima da muralha, em sua armadura Amarela de batalha, junto com sua besta. A primeira fecha disparada por ela fez com que todos os Cavaleiros Infernais saíssem voando pra trás, menos Marcelo, que manteve seu chão firme. Girando a espada na mão, o líder mandou um disco negro girando até a rainha, que quase foi acertada. 

— Essa batalha é muito longe pra fazermos algo — O anjo Wander comentou, abaixando o próprio cajado. Essa batalha ia ser mais um 1 x 1 do que uma batalha entre exércitos. Os arqueiros da murada foram lançados voando pra longe com tamanho poder que aquele disco possuía.

Os céus começaram a escurecer. Marcelo sabia que isso ia dar muito errado, mas nem assim desistiu. Pegando impulso, deu um salto. Esse salto foi forte a ponto de poder lançar o líder voando em direção da rainha, que recuou dois passos e tirou sua espada da bainha. O choque entre as duas espadas fez o chão tremer. 

O céu estava quase negro, e o líder sabia que não ia dar tempo o suficiente. Racola, agora com sua magia carregada, lançou Marcelo de volta pro chão. Uma cratera se abriu ao redor do corpo recolhido do guerreiro, que mal sofreu danos.

Então, aconteceu.

A Rainha tirou o arco de suas costas, e, usando uma Flecha Sagrada de Galakia, perfurou a cabeça de Marcelo, que ficou imóvel como uma estátua. Os cavaleiros pegaram o corpo de seu líder e debandaram, levando os corpos paralisados junto com eles.

— Quantas horas você deu para ele, Rainha? — o servo-Mor Vovo de Noia perguntou para Racola, que ficou rindo.

— 168 horas — ela abaixou o arco, olhando para o horizonte, se perguntando quantas flechas mais ia precisar para o dia cansativo que ia vir pela frente.